Eliseu foi um dos maiores profetas do Antigo Testamento, que sucedeu a Elias no ministério profético em Israel. A Bíblia relata muitos milagres e prodígios que Deus realizou por meio de Eliseu, como a purificação das águas de Jericó, a multiplicação do azeite da viúva, a ressurreição do filho da sunamita, a cura de Naamã, o sírio, a multiplicação dos pães, a recuperação do machado de ferro, a revelação dos planos dos inimigos, a abertura dos olhos do seu servo, a cegueira dos arameus, a profecia do fim do cerco de Samaria, a unção de Hazael e Jeú, e até mesmo a ressurreição de um morto que tocou nos seus ossos.
Mas qual era o segredo de Eliseu para ter uma vida tão poderosa e abençoada? Como ele podia ser usado por Deus de forma tão extraordinária? A resposta está na sua vida de oração. Eliseu era um homem de oração, que dependia de Deus para tudo, e que buscava a sua vontade em todas as situações. Neste post, vamos ver como a oração teve um papel fundamental na vida de Eliseu, e como ela pode ter um papel fundamental na nossa vida também.
A oração como fonte de poder
A oração é a forma como nos comunicamos com Deus, e como recebemos o seu poder para realizar a sua obra. Sem oração, não há comunhão com Deus, nem capacitação para o seu serviço. Eliseu sabia disso, e por isso ele orava constantemente, pedindo a Deus que o enchesse do seu Espírito e que o usasse para a sua glória.
Um exemplo claro disso é quando Eliseu pediu a Elias uma porção dobrada do seu espírito, antes de ele ser arrebatado ao céu. Eliseu não estava sendo ambicioso ou egoísta, mas ele estava demonstrando o seu desejo de ter mais de Deus em sua vida, e de continuar o ministério de Elias com fidelidade e ousadia. Ele sabia que sem o Espírito de Deus, ele não poderia fazer nada. Por isso, ele clamou a Deus com fé, e Deus atendeu o seu pedido, concedendo-lhe uma porção dobrada do espírito de Elias (2 Reis 2:9-15).
Outro exemplo é quando Eliseu orou a Deus para que abrisse os olhos do seu servo, que estava com medo do exército dos arameus que os cercava. Eliseu não se deixou abalar pela situação, mas ele confiou em Deus, e orou para que o seu servo pudesse ver que havia mais anjos do lado deles do que inimigos contra eles. Deus ouviu a oração de Eliseu, e abriu os olhos do seu servo, que viu o monte cheio de carros de fogo ao redor de Eliseu (2 Reis 6:15-17).
Esses e outros exemplos mostram que a oração era a fonte de poder na vida de Eliseu, e que ele dependia de Deus para realizar os seus milagres. Ele não confiava na sua própria força, nem na sua própria sabedoria, mas ele confiava naquele que é Todo-Poderoso e que sabe todas as coisas. Ele orava com fé, e Deus respondia com graça.
A oração como forma de obediência
A oração não é apenas uma forma de receber poder de Deus, mas também uma forma de obedecer à sua vontade. Quando oramos, nós nos submetemos a Deus, e reconhecemos que ele é o Senhor da nossa vida, e que ele tem o melhor para nós. Quando oramos, nós também nos alinhamos com o seu propósito, e nos dispomos a fazer a sua obra, conforme ele nos orienta.
Eliseu era um homem de oração, que obedecia à vontade de Deus, e que seguia as suas instruções. Ele não fazia as coisas do seu jeito, nem seguia os seus próprios planos, mas ele fazia as coisas do jeito de Deus, e seguia os seus planos. Ele orava para saber o que Deus queria que ele fizesse, e como ele deveria fazer.
Um exemplo disso é quando Eliseu foi chamado para curar Naamã, o comandante do exército da Síria, que sofria de lepra. Eliseu não foi ao encontro de Naamã, mas mandou um mensageiro dizer-lhe que se banhasse sete vezes no rio Jordão, e ficaria curado. Essa era a orientação de Deus para Eliseu, e ele a obedeceu, sem questionar.
Naamã, porém, ficou indignado com a ordem de Eliseu, e achou que ele deveria fazer algum ritual mais impressionante, ou que ele deveria se banhar em algum rio melhor do que o Jordão. Mas os seus servos o convenceram a fazer o que Eliseu havia dito, e quando ele se banhou sete vezes no Jordão, ele ficou curado da sua lepra, e reconheceu que o Deus de Israel era o único Deus verdadeiro (2 Reis 5:1-19).
Outro exemplo é quando Eliseu profetizou que haveria abundância de comida em Samaria, que estava sitiada pelos arameus, e que sofria de fome. Eliseu não se baseou na sua própria opinião, nem na sua própria lógica, mas ele se baseou na palavra de Deus, que ele havia recebido em oração. Ele anunciou que no dia seguinte, haveria tanta comida na cidade, que um alqueire de farinha e dois alqueires de cevada seriam vendidos por um siclo.
Um oficial do rei duvidou da profecia de Eliseu, e achou que nem mesmo o Senhor poderia fazer isso. Mas Eliseu disse que ele veria isso com os seus olhos, mas não comeria disso. E assim aconteceu, pois Deus fez com que os arameus fugissem, deixando o seu acampamento cheio de provisões, que foram saqueadas pelos samaritanos. O oficial do rei foi encarregado de guardar a porta da cidade, mas foi pisoteado pelo povo, e morreu, conforme a palavra de Eliseu (2 Reis 6:24-7:20).
Esses e outros exemplos mostram que a oração era uma forma de obediência na vida de Eliseu, e que ele seguia a vontade de Deus, e não a sua própria. Ele orava para ouvir a voz de Deus, e não a sua própria voz. Ele orava para cumprir o propósito de Deus, e não o seu próprio propósito. Ele orava com humildade, e Deus o honrava.
A oração como expressão de amor
A oração não é apenas uma forma de receber poder de Deus, e de obedecer à sua vontade, mas também uma forma de expressar o nosso amor por ele, e pelo nosso próximo. Quando oramos, nós demonstramos que amamos a Deus, e que queremos estar em comunhão com ele. Quando oramos, nós também demonstramos que amamos o nosso próximo, e que queremos interceder por ele.
Eliseu era um homem de oração, que amava a Deus, e que amava o seu próximo. Ele não orava apenas por si mesmo, mas ele orava pelos outros, especialmente pelos necessitados, pelos aflitos, e pelos oprimidos. Ele não orava apenas por palavras, mas ele orava com ações, servindo aos outros, e fazendo o bem.
Um exemplo disso é quando Eliseu orou pela viúva de um dos filhos dos profetas, que estava endividada, e que corria o risco de perder os seus filhos como escravos. Eliseu não se limitou a orar por ela, mas ele também a ajudou, pedindo que ela trouxesse todos os vasos vazios que ela pudesse encontrar, e derramando o pouco de azeite que ela tinha em cada um deles, até que todos ficassem cheios. Ele disse para ela vender o azeite, e pagar a sua dívida, e viver do resto com os seus filhos. Assim, Eliseu orou e agiu com amor, e Deus proveu para ela.
A oração como meio de louvor
A oração não é apenas uma forma de pedir, de receber, de obedecer, e de amar, mas também uma forma de louvar, de agradecer, de adorar, e de glorificar a Deus. Quando oramos, nós reconhecemos a grandeza, a bondade, e a fidelidade de Deus, e expressamos a nossa gratidão, a nossa alegria, e a nossa reverência por ele. Quando oramos, nós também exaltamos o nome de Deus, e declaramos o seu louvor diante dos homens e dos anjos.
Eliseu era um homem de oração, que louvava a Deus, e que testemunhava do seu poder e da sua graça. Ele não orava apenas em momentos de necessidade, mas também em momentos de vitória. Ele não orava apenas em segredo, mas também em público. Ele não orava apenas com palavras, mas também com atos.
Um exemplo disso é quando Eliseu orou a Deus para que fizesse chover sobre a terra, depois de um período de seca. Eliseu não orou sozinho, mas ele orou na presença do rei Josafá, e dos reis de Israel e de Edom, que estavam em guerra contra os moabitas. Eliseu disse que, se não fosse pela consideração a Josafá, ele não atenderia aos outros reis, que eram idólatras e rebeldes. Mas ele disse que, por causa do Senhor, ele faria chover, e que isso seria uma coisa pequena aos olhos de Deus.
Então, ele mandou que se trouxesse um músico, e, enquanto o músico tocava, a mão do Senhor veio sobre Eliseu. E ele profetizou que Deus encheria o vale de água, sem que houvesse chuva nem vento, e que isso seria um sinal de que Deus entregaria os moabitas nas mãos dos reis aliados. E assim aconteceu, conforme a palavra de Eliseu (2 Reis 3:1-27).
Outro exemplo é quando Eliseu orou a Deus para que abençoasse a sunamita, que lhe havia oferecido hospedagem e construído um quarto para ele em sua casa. Eliseu não orou por si mesmo, mas ele orou por ela, que era estéril, e que não tinha filhos. Ele disse que, daqui a um ano, ela abraçaria um filho. Ela duvidou da promessa de Eliseu, e disse que ele não brincasse com ela. Mas Eliseu disse que era verdade, e que Deus lhe daria um filho. E assim aconteceu, conforme a palavra de Eliseu (2 Reis 4:8-17).
Esses e outros exemplos mostram que a oração era um meio de louvor na vida de Eliseu, e que ele agradecia a Deus, e testemunhava do seu nome, diante dos que o viam e o ouviam. Ele orava com gratidão, e Deus o abençoava. Ele orava com alegria, e Deus o usava. Ele orava com reverência, e Deus o honrava.
Conclusão
A vida de Eliseu nos ensina que a oração é um elemento essencial para a vida cristã, e que ela tem um papel fundamental em todas as áreas da nossa existência. A oração é a fonte de poder, a forma de obediência, a expressão de amor, e o meio de louvor na nossa relação com Deus, e com o nosso próximo. Que possamos seguir o exemplo de Eliseu, e sermos homens e mulheres de oração, que dependem de Deus, que obedecem à sua vontade, que amam o seu próximo, e que louvam o seu nome. Que o Senhor nos ensine a orar, e nos ouça, e nos responda, segundo a sua vontade.