Em “The Chosen”, série que reinventa as narrativas bíblicas, Maria Madalena adota um segundo nome: Lilith. Essa decisão, tomada por Tyler Thompson, um dos roteiristas, se distancia das descrições bíblicas tradicionais. A mudança tem provocado debates entre os espectadores. Segundo Tyler, a escolha do nome Lilith deriva de sua ligação com mitos demoníacos do judaísmo e simboliza a conexão de Maria com a escuridão e o afastamento de Deus.
Dallas Jenkins, criador da série, esclarece que a adoção do nome Lilith por Maria Madalena representa uma tentativa dela de renegar seu passado e identidade. Ele reforça essa ideia no “Deep Dive”, uma seção do aplicativo da série, em uma discussão com especialistas de diferentes tradições religiosas.
The Chosen: uma reimaginação artística, não um substituto das Escrituras
“The Chosen”, ao contrário do que alguns espectadores podem pensar, não visa replicar literalmente os textos bíblicos. Jenkins enfatiza que a série é uma dramatização histórica do século I na Galileia, usando as Escrituras como inspiração, mas não como um roteiro exato. Ele destaca a importância de distinguir entre a Bíblia e a série, ressaltando que “The Chosen” é uma obra de ficção que busca explorar possibilidades plausíveis sobre pessoas da época.
Jenkins reafirma que, embora a série se baseie nos evangelhos, ela também incorpora elementos imaginativos e históricos que podem não estar presentes nas Escrituras. Ele esclarece que a série não pretende melhorar, aprimorar ou substituir a Palavra de Deus, mas sim oferecer uma interpretação artística que possa encorajar os espectadores a se conectarem mais profundamente com as histórias bíblicas.